quinta-feira, 30 de setembro de 2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

veja mais sobre calvino

João Calvino
João Calvino: iniciador do Calvinismo

Quem foi

João Calvino foi um importante professor e teólogo cristão de nacionalidade francesa. Nasceu na cidade de Noyon em 10 de julho de 1509 e faleceu na cidade de Genebra (Suíça) em 27 de maio de 1564.

Calvino teve um papel histórico fundamental no processo da Reforma Protestante. Foi o iniciador do movimento religioso protestante conhecido por Calvinismo.

Biografia, idéias e doutrina

Até os 24 anos de idade Calvino era católico. Em 1533 converteu-se ao protestantismo. Foi perseguido na França e, no ano de 1536 fugiu para Genebra (Suiça).

Principais idéias (concepções religiosas) defendidas por Calvino:

- Salvação só é atingida através da fé;

- Predestinação: a salvação é concedida por Deus somente para algumas pessoas eleitas;

- Todo homem é pecador por natureza;

- A realização de culto religioso deve ser feito em local simples e sem imagens. O culto deve ser composto apenas por comentários bíblicos, sem cerimônias;

- Realização da eucaristia e do batismo.

Obras de João Calvino:

- De Clementia - obra anotada de Sêneca - 1532

- Psychopannychia - 1534

- Institutos da Religião Cristã - 1536

- Catéchisme de l'Église de Genève - 1542

veja mais sobre lutero

Idéias e doutrina

Sua doutrina, salvação pela fé, foi considerada desafiadora pelo clero católico, pois abordava assuntos considerados até então pertencentes somente ao papado. Contudo, esta foi plenamente espalhada, e suas inúmeras formas de divulgação não caíram no esquecimento, ao contrário, suas idéias foram levadas adiante e a partir do século XVI, foram criadas as primeiras igrejas luteranas.

Apesar do resultado, inicialmente o reformador não teve a pretensão de dividir o povo cristão, mas devido à proporção que suas 95 teses adquiriram, este fato foi inevitável. Para que todos tivessem acesso as escrituras que, até então, encontravam-se somente em latim, ele traduziu a Bíblia para o idioma alemão, permitindo a todos um conhecimento que durante muito tempo foi guardado somente pela igreja.

Com um número maior de leitores do livro sagrado, a quantidade de protestantes aumentou consideravelmente e entre eles, encontravam-se muitos radicais. Precisou ser protegido durante 25 anos. Para sua proteção, ele contava com o apoio do Sábio Frederico, da Saxônia.

Foi responsável pela organização de muitas comunidades evangélicas e, durante este período, percebeu que seus ensinamentos conduziam a divisão. Casou-se com a monja Katharina Von Bora, no ano de 1525, e teve seis filhos.

reforma anglicana

A Reforma anglicana é uma série de eventos ocorridos na Inglaterra no século XVI, que culminou com a separação da Igreja da Inglaterra e da Igreja Católica Romana e da emancipação da autoridade papal. É parte da Reforma Protestante ocorreu em muitos países europeus.

Estes eventos foram, em parte, associado com o processo mais amplo da Reforma protestante européia, um movimento religioso e político que afetou a prática do cristianismo em toda parte da Europa durante este período. Muitos fatores contribuíram para o processo: o declínio do feudalismo e a ascensão do nacionalismo, a ascensão do direito comum, a invenção da imprensa e da maior circulação da Bíblia, a transmissão de novos conhecimentos e idéias entre pesquisadores e membros superiores e classes médias. No entanto, as várias fases da Reforma Inglesa, que também abrangia o País de Gales e Irlanda, eram em grande parte impulsionada por mudanças na política do governo, para que a opinião pública gradativamente se acomodou.

Rei Eduardo VI da Inglaterra, cujo reinado a reforma da Igreja Anglicana moveu-se em uma direção mais protestante.

O gatilho da Reforma Inglesa foi o desejo do rei Henrique VIII da anulação de seu casamento. O que começou como uma disputa política, não teológica, que teve conseqüências profundas tanto políticos como teológicas. Após a separação de Roma, pelo Ato de Supremacia Real, o rei se tornou o chefe supremo da Igreja da Inglaterra, que se tornou uma igreja nacional independente de Roma.

Seguiram-se na Inglaterra muitos anos de disputas teológicas, o que levou à guerra civil. O resultado foi o estabelecimento de uma igreja oficial do estado e do reconhecimento gradual de várias outras igrejas e movimentos religiosos, incluindo a Igreja Católica Romana.

A Inglaterra esteve próxima de Roma por quase mil anos antes que as duas igrejas, divididas em 1534, durante o reinado de Henrique VIII. A separação teológica havia sido criada dentro da igreja britânica através de movimentos como os Lollards, mas a Reforma Inglesa obteve verdadeiro apoio político quando Henrique VIII queria anular seu casamento com Catarina de Aragão (segundo o Direito Canônico). Por volta de 1527, não havendo tido nenhum filho homem de sua união e desejoso de um herdeiro para sua dinastia, Henrique tentou obter do papa a anulação do casamento, para poder se casar com Ana Bolena.

Rainha Maria I da Inglaterra restaurou a fidelidade inglesa a Roma.

Sob pressão do sobrinho de Catarina, o imperador do Sacro Império Romano Germânico Carlos V, o Papa Clemente VII, inicialmente favorável ao pedido, o rejeitou, provavelmente porque temia ofender Carlos V, que já havia saqueado Roma com suas tropas. Assim, o rei Henrique VIII, embora teologicamente devoto católico romano (proclamado "Defensor Fé" por seus ataques contra o luteranismo), decidiu tornar-se Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra, para obter a anulação de seu casamento. Em seguida, o Parlamento inglês decretou que os impostos religiosos não fossem mais pagos ao papa, mas ao rei, e que a Igreja Anglicana podia deliberar sobre as próprias questões internas, sem recorrer a Roma. Como resposta, o papa excomungou Henrique. Os mosteiros seriam saqueados e destruídos, e seus bens foram confiscados e vendidos.

Henrique manteve uma forte preferência pela a tradicional liturgia católica romana durante o seu reinado, de modo que os reformadores protestantes não foram capazes de praticamente nenhum progresso nas doutrinas e práticas da Igreja da Inglaterra sob o seu governo. Mas, sob o governo de seu filho, Eduardo VI (1547-1553), a própria igreja chegou a ser teologicamente protestante mesmo que sendo retornada a Igreja Católica Romana durante o reinado da rainha Maria I em 1555 (que foi apelidada pelos seus detratores como "Bloody Mary" ou Maria, a Sanguinária). Durante seu breve reinado, ela ab-rogou todos os provimentos de Henrique VIII e Eduardo e retomou as leis contra os hereges. Muitos protestantes fugiram do país e os bispos católicos retomaram a posse de suas sedes. Foram instituídas comissões especiais com a tarefa de encontrar e processar os hereges em todo o território do reino.

Rainha Elizabeth I da Inglaterra chegou a um acordo religioso moderado.

O estabelecimento, sob o governo de Elizabeth I (de 1558) de uma Igreja da Inglaterra claramente protestante, mas moderada (como reconheceu a sua herança católica e apostólica), permitiu consolidar legalmente (no âmbito do estado e parte dele) e deixou acomodar dentro de sua comunhão para uma ampla gama de posições teológicas, que desde então tem sido uma das suas características essenciais. Elisabeth criou uma igreja autônoma cujos artigos de representavam um compromisso entre instâncias católicas, luteranas e calvinistas e contentaram grande parte dos cristãos da Inglaterra.


Motivos

O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como causas dessas reformas : abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista.

A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais, deixavam a população insatisfeita.

A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.
Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com a venda das indulgências (venda do perdão).

No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos comandos que eram próprios da realeza.

O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista, começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.

A Reforma Calvinista

João Calvino - reforma religiosa na França João Calvino: reforma na França

Na França, João Calvino começou a Reforma Luterana no ano de 1534. De acordo com Calvino a salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa idéia calvinista, atraiu muitos burgueses e banqueiros para o calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma de ficar em paz com sua religiosidade. Calvino também defendeu a idéia da predestinação (a pessoa nasce com sua vida definida).